Sem a Amazônia todos estaremos mortos
Ocupação da Amazônia já eliminou 2,6 bilhões de árvores
Por Felipe Werneck, O Estado de S. Paulo
Desde o início do processo de ocupação da Amazônia por povos não indígenas, pelo menos 2,6 bilhões de árvores foram eliminadas, estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo “Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia [...]Ocupação da Amazônia já eliminou 2,6 bilhões de árvores
Por Felipe Werneck, O Estado de S. Paulo
Desde o início do processo de ocupação da Amazônia por povos não indígenas, pelo menos 2,6 bilhões de árvores foram eliminadas, estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo “Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal”, divulgado hoje (1). Quase metade dessa perda (1,2 bilhão de árvores) ocorreu no Estado do Pará. A área desmatada representa 15,3% da vegetação original do bioma.
Estima-se que em 2002, ano de referência do estudo, havia aproximadamente 45 bilhões de toneladas de carbono na vegetação remanescente da região (87,3% do estoque original). A pesquisadora Rosângela Garrido destaca que os maiores estoques de carbono no solo estão em áreas de manguezal e campinarana, ameaçadas por mudanças de regras de preservação previstas no Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados.
As perdas de árvores estão concentradas no Leste (Pará, Maranhão e Tocantins) e no sul (Mato Grosso e Rondônia) da chamada Amazônia Legal. A pecuária aparece na publicação do IBGE como principal responsável pela alteração da cobertura original da terra, representando 51,7% da área desmatada. A vegetação secundária (que surge naturalmente, após o abandono de áreas usadas pelo homem) correspondia a 32,1%, e a agricultura, a 15,2%.
A floresta amazônica é dividida em quatro tipos de formação: florestas ombrófilas densa e aberta e florestas estacionais semidecidual e decidual. A semidecidual, concentrada nos Estados do Maranhão e de Mato Grosso, no chamado Arco do Desmatamento, foi a mais afetada proporcionalmente entre os quatro tipos de vegetação primária: teve 27,2% da área original modificada pelo homem, o que a coloca na situação de mais ameaçada.
As florestas estacionais, que fazem a transição entre as ombrófilas e o cerrado, são as formações com menor superfície: ocorrem em 5,4% da região. O IBGE destaca que “qualquer programa de proteção da diversidade de florestas da Amazônia deve dedicar especial atenção às florestas estacionais, especialmente quando estão em áreas de expansão da atividade agrossilvipastoril”.
Em termos absolutos, a devastação está concentrada na ombrófila densa: 60% das árvores eliminadas existiam lá. A maior perda foi registrada no Pará (1,2 bilhão de árvores), seguido por Maranhão (584 milhões), Mato Grosso (281 milhões) e Rondônia (214 milhões). Dos 17,6 bilhões de árvores remanescentes em 2002, a maior concentração estava no Amazonas (7,4 bilhões), seguido por Pará (5,2 bilhões) e Mato Grosso (1,7 bilhão).
Água
Cerca de 45% de toda a água subterrânea potável do País está concentrada na Amazônia Legal, indica o IBGE. As maiores áreas de aquíferos porosos estão no Amazonas, Mato Grosso e Pará. De todo o território da Amazônia Legal, 12% está sujeito a inundações, inclusive áreas urbanas como Parintins, aponta o capítulo sobre relevo.
O IBGE cita os campos de petróleo e gás de Urucu, no Amazonas, ao destacar o potencial para exploração de combustíveis fósseis do subsolo da região, formado predominantemente por rochas sedimentares.
A Amazônia Legal ocupa 5.016.136,3 quilômetros quadrados, que correspondem a 59% do território nacional. Nela vivem em torno de 24 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010, distribuídas em 775 municípios nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins (98% da área estadual), Maranhão (79%) e Goiás (0,8%).
Além de conter 20% do bioma Cerrado, a região abriga todo o bioma Amazônia, o mais extenso dos biomas brasileiros. Ele corresponde a 1/3 das florestas tropicais úmidas do planeta e detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético e 1/5 da disponibilidade mundial de água potável, informa o IBGE.
(Fonte: Nosso Futuro Comum)
Por Felipe Werneck, O Estado de S. Paulo
Desde o início do processo de ocupação da Amazônia por povos não indígenas, pelo menos 2,6 bilhões de árvores foram eliminadas, estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo “Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia [...]Ocupação da Amazônia já eliminou 2,6 bilhões de árvores
Por Felipe Werneck, O Estado de S. Paulo
Desde o início do processo de ocupação da Amazônia por povos não indígenas, pelo menos 2,6 bilhões de árvores foram eliminadas, estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no estudo “Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal”, divulgado hoje (1). Quase metade dessa perda (1,2 bilhão de árvores) ocorreu no Estado do Pará. A área desmatada representa 15,3% da vegetação original do bioma.
Estima-se que em 2002, ano de referência do estudo, havia aproximadamente 45 bilhões de toneladas de carbono na vegetação remanescente da região (87,3% do estoque original). A pesquisadora Rosângela Garrido destaca que os maiores estoques de carbono no solo estão em áreas de manguezal e campinarana, ameaçadas por mudanças de regras de preservação previstas no Código Florestal aprovado na Câmara dos Deputados.
As perdas de árvores estão concentradas no Leste (Pará, Maranhão e Tocantins) e no sul (Mato Grosso e Rondônia) da chamada Amazônia Legal. A pecuária aparece na publicação do IBGE como principal responsável pela alteração da cobertura original da terra, representando 51,7% da área desmatada. A vegetação secundária (que surge naturalmente, após o abandono de áreas usadas pelo homem) correspondia a 32,1%, e a agricultura, a 15,2%.
A floresta amazônica é dividida em quatro tipos de formação: florestas ombrófilas densa e aberta e florestas estacionais semidecidual e decidual. A semidecidual, concentrada nos Estados do Maranhão e de Mato Grosso, no chamado Arco do Desmatamento, foi a mais afetada proporcionalmente entre os quatro tipos de vegetação primária: teve 27,2% da área original modificada pelo homem, o que a coloca na situação de mais ameaçada.
As florestas estacionais, que fazem a transição entre as ombrófilas e o cerrado, são as formações com menor superfície: ocorrem em 5,4% da região. O IBGE destaca que “qualquer programa de proteção da diversidade de florestas da Amazônia deve dedicar especial atenção às florestas estacionais, especialmente quando estão em áreas de expansão da atividade agrossilvipastoril”.
Em termos absolutos, a devastação está concentrada na ombrófila densa: 60% das árvores eliminadas existiam lá. A maior perda foi registrada no Pará (1,2 bilhão de árvores), seguido por Maranhão (584 milhões), Mato Grosso (281 milhões) e Rondônia (214 milhões). Dos 17,6 bilhões de árvores remanescentes em 2002, a maior concentração estava no Amazonas (7,4 bilhões), seguido por Pará (5,2 bilhões) e Mato Grosso (1,7 bilhão).
Água
Cerca de 45% de toda a água subterrânea potável do País está concentrada na Amazônia Legal, indica o IBGE. As maiores áreas de aquíferos porosos estão no Amazonas, Mato Grosso e Pará. De todo o território da Amazônia Legal, 12% está sujeito a inundações, inclusive áreas urbanas como Parintins, aponta o capítulo sobre relevo.
O IBGE cita os campos de petróleo e gás de Urucu, no Amazonas, ao destacar o potencial para exploração de combustíveis fósseis do subsolo da região, formado predominantemente por rochas sedimentares.
A Amazônia Legal ocupa 5.016.136,3 quilômetros quadrados, que correspondem a 59% do território nacional. Nela vivem em torno de 24 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010, distribuídas em 775 municípios nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins (98% da área estadual), Maranhão (79%) e Goiás (0,8%).
Além de conter 20% do bioma Cerrado, a região abriga todo o bioma Amazônia, o mais extenso dos biomas brasileiros. Ele corresponde a 1/3 das florestas tropicais úmidas do planeta e detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético e 1/5 da disponibilidade mundial de água potável, informa o IBGE.
(Fonte: Nosso Futuro Comum)
Nenhum comentário:
Postar um comentário