Judicial Justice Across Borders: A Correspondence on Due Process, Separation of Powers, and Moral Witness (Aboutalebi–Stafne Emails, May–Sept 2025)
This correspondence between Scott Erik Stafne (U.S. attorney) and Meisam Aboutalebi (Iranian legal scholar) represents a rare cross-border exchange on due process, separation of powers, and moral witness in law.
Conducted between May and September 2025, the emails trace how two legal systems—American and Iranian—grapple with the universal problem of judicial legitimacy: what happens when courts abandon their duty to seek truth?
Drawing on Kant, Hegel, Rousseau, Montesquieu, and Roscoe Pound, the dialogue insists that justice requires more than formality: it demands neutral adjudication, real fact-finding, and decisions tethered to both law and truth.
The correspondence also explores practical reforms—such as oversight mechanisms, a “civil society of lawyers,” and faith-rooted advocacy through the Church of the Gardens—as ways of restoring integrity to legal systems compromised by financial or political capture.
Published here as a documentary record, the exchange is both personal and philosophical. It models a form of relational scholarship that speaks across borders and traditions, offering a witness that law’s true vocation remains inseparable from conscience, truth, and the duty to love one’s neighbor.
Resumo
Esta correspondência entre Scott Erik Stafne (advogado dos EUA) e Meisam Aboutalebi (jurista iraniano) traça uma investigação transjurisdicional sobre justiça judicial: como os governos podem assegurar uma adjudicação voltada à busca da verdade quando os tribunais parecem capturados por interesses institucionais ou financeiros.
Começando com apresentações biográficas e um convite à colaboração, o diálogo avança por quadros filosóficos (Kant, Hegel, Rousseau), direito comparado e prática concreta de execução hipotecária nos EUA — especialmente o regime de execução não judicial do Estado de Washington.
Os correspondentes convergem em quatro pilares da adjudicação legítima:
1.Competência/ jurisdição legal,
2. Independência e imparcialidade judicial,
3. Procedimentos sinceros de busca da verdade (fact-finding),
4. Decisões vinculadas a esses fatos e à lei aplicável.
Eles conectam esses pilares a compromissos de direito natural, devido processo e supervisão pública (incluindo a proposta de uma “sociedade civil de advogados” como controle estrutural).
A correspondência se encerra explorando reformas práticas, planos de publicação e a possibilidade de defesa conjunta dentro de um quadro baseado na fé (Church of the Gardens).
Como registro documental, os e-mails modelam uma abordagem acadêmica relacional que se move da crítica a propostas construtivas, preservando a voz humana da vocação moral do direito.
O que esta correspondência ensina (em resumo)
A justiça é processual antes de ser retórica.
Sem a busca neutra da verdade, os tribunais perdem legitimidade mesmo que falem a linguagem do direito.
A separação de poderes precisa de freios vivos.
Supervisão, procedimentos transparentes e uma “sociedade civil de advogados” podem restringir o despotismo judicial.
Narrativas comparativas esclarecem princípios fundamentais. Solomon e Siavash (Shahnameh) dramatizam testes da verdade; as culturas diferem, mas a exigência por adjudicação verdadeira é compartilhada.
O devido processo tem substância.
Garante direitos; não é apenas um ritual que pode ser usado para evitar a verdade.
O testemunho moral importa.
Crítica pública (à maneira de Roscoe Pound) e advocacia baseada na fé podem envergonhar práticas corruptas e recentrar os tribunais na verdade.
A colaboração é um remédio.
Pesquisa acadêmica transfronteiriça combinada com prática concreta (por exemplo, execução não judicial) gera caminhos de reforma acionáveis.

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