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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

BELO MONTE UM NEGOCIO INSUSTENTAVEL

Um negócio insustentável

28 de janeiro de 2011 | 0h 00

Marcos Sá Corrêa - O Estado de S.Paulo
Antes de gerar o primeiro quilowatt, a usina hidrelétrica de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, no Pará, conseguiu incluir o Ministério do Meio Ambiente num negócio insustentável. Eletrocutou nesta semana mais um presidente do Ibama. Governo vai, governo vem, cada vez mais eles passam e ela fica.
Tragados por Belo Monte, os nomes passam pelo cargo tão depressa que mal dá tempo de aprendê-los. Geralmente saem de fininho, "exonerados a pedido" e condecorados por processos. Mas chegam com estardalhaço digno de plenipotenciários do patrimônio natural.
E é assim que o Brasil está inaugurando mais um presidente do Ibama. Quem? O catarinense Américo Ribeiro Tunes.
Como presidente substituto, Tunes nem precisou assinar a posse no Ibama. Assinou diretamente seu passaporte para a posteridade, assinando de cara a licença "parcial" de Belo Monte. Ela autoriza o desmatamento de 23 hectares na bacia do Rio Xingu para a instalação de um canteiro de obras que formalmente poderá ou não construir a hidrelétrica. Mas com isso deixou na poeira todos os recursos técnicos e judiciais que o projeto ainda não conseguiu responder.
O demissionário Abelardo Bayma, antecessor de Tunes, assinou a licença prévia de Belo Monte. O antecessor do antecessor, Roberto Messias Franco, desencalhou em 2009 os estudos de impacto da hidrelétrica. Em 2008, demitiu-se a ministra Marina Silva, ao entrar em rota de colisão com Belo Monte, depois de capitular diante das pressões para liberar as usinas de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira. Mesmo sem eletricidade, Belo Monte dá choque.
Dure muito ou pouco essa interinidade de Tunes, ele tem um lugar na história da usina e da burocracia ambiental, juntando sua assinatura à estreia da "licença parcial", um truque que a rigor serve para testar encanador em reforma de banheiro. "Parcial", neste caso, quer dizer o quê?
Interesses insensatos. Se o termo for sincero, o País está entregue a interesses poderosos, sem dúvida, mas insensatos a ponto defenestrar presidentes do Ibama só para construir um canteiro de obra sem a menor garantia de fazer a obra. Ideia semelhante só passou por Brasília uma vez, há mais de 30 anos, por meio da cabeça prodigiosa do economista Mario Henrique Simonsen. Como ministro do governo João Figueiredo, ele propôs que o Brasil legalizasse o pagamento de comissões por obras que não se pretendia executar. Alegava que assim todos sairiam ganhando. A começar pelos brasileiros, que assim gastariam menos com empreitadas inúteis e perdulárias.
Simonsen estava brincando. Queria simplesmente dizer com isso que muita coisa no País só sai do papel porque alguém está de olho na porcentagem da intermediação. Mas a licença "parcial" de Belo Monte, a julgar pelo número de baixas que já causou, está falando a sério, mesmo sem esclarecer se aquilo custará menos de R$ 19 bilhões ou mais de R$ 30 bilhões e gerará 11 mil ou 4 mil megawatts.
Belo Monte é urgente porque o Palácio do Planalto está sentado sobre mais de 60 projetos de usinas, a maioria na Amazônia. Isso porque a região tem potencial sobrando? Não. Por enquanto, o que há são advertências no mínimo plausíveis, como a do engenheiro Enéas Salati, da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável.


Salati está combinando com calma e cautela o que já se sabe sobre mudança climática com o que se conhece dos rios nas 12 grandes regiões hidrológicas do território brasileiro. Encara um horizonte de 2015 a 2100. Não tem pressa, porque não vai ganhar nem perder um tostão com obra nem desmatamento. Mas já tem dados para prever que a vazão média dos rios na Amazônia cairá de 30% a 40% até o fim do século. O Rio Tocantins tende a chegar lá com a metade do volume que tinha antes de 1990. É para lá que o governo está nos levando, custe o que custar. 
VEJA TAMBEM :

 CLIMA 

Mortes poderiam ter sido evitadas, diz Crea 
Ao apresentar o relatório preliminar da inspeção na região serrana do Rio, o presidente do Crea-RJ, Agostinho Guerreiro, disse que 80% das mortes seriam evitadas caso as prefeituras respeitassem a legislação ambiental do País. Até o início da noite de ontem, a pior catástrofe da história registrava 832 mortos. "Técnicos apuraram que o desmatamento fez a velocidade da cabeça d'água atingir mais de 100 km/h em alguns trechos", afirmou. O documento lembra que a ocupação dos morros com inclinação maior de 45° é crime ambiental, porque são considerados Áreas de Preservação Permanente e recomenda a retirada da população desses locais - OESP, 27/1, Metrópole, p.C3; O Globo, 27/1, Rio, p.12. 

MP pede, desde 2009, remoção de casas em Friburgo 
Há dois anos, o Ministério Público do Rio tenta remover as casas erguidas em áreas de risco no bairro Floresta, em Friburgo, um dos locais mais atingidos pela tragédia. Não houve sentença no caso. A ação teve por base outra tragédia, de 2007, com 11 mortes, e mencionava o risco de deslizamentos, desabamentos e inundações - OESP, 27/1, Metrópole, p.C3. 

Um 'case' na serra 
"Entre os dias 11 e 13 choveu 300 milímetros em Friburgo, cidade cujo centro foi arruinado. Segundo os técnicos, eles estavam preparados para enfrentar as consequências de uma chuva de até 180 milímetros que foi o índice ocorrido no município em todo o mês de janeiro de 2010. 'Houve enchente, deslizamento, desabamento e inundação, tudo ao mesmo tempo. Eu só conhecia a palavra cataclismo no dicionário. Pela primeira vez vi o que significa', diz o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Machado. Até o último sábado, 10 dias após a tragédia, os 130 geólogos do Brasil todo que se apresentaram como voluntários não tinham uma explicação: sabiam apenas que estavam diante de um 'case' a ser estudado", artigo de Dora Kramer - OESP, 27/1, Nacional, p.A6. 

Novo modo de desaparecer 
"O último empurrão é aquele que leva uma espécie ameaçada à extinção. Pode ser fome, competição com outra espécie, destruição de seu hábitat ou a dificuldade de encontrar parceiros para acasalar. Normalmente diversos fatores contribuem para o último empurrão. A novidade é que os biólogos que estudam o efeito das mudanças climáticas no Ártico descobriram um novo fator capaz de provocar a extinção de espécies. É a hibridação com espécies próximas. Como os modelos de aquecimento global predizem que antes do fim deste século não haverá gelo separando os oceanos no verão, os cientistas começaram a listar os potenciais híbridos que podem surgir entre animais do Ártico. A lista inclui 34 espécies, 14 delas ameaçadas de extinção", artigo de Fernando Reinach - OESP, 27/1, Vida, p.A17. 

Dilma: Brasil não deve compactuar com violação dos direitos humanos 'em qualquer País'



Presidente DILMA - ouça o nosso CLAMOR e DEFENDA os DIREITOS HUMANOS DAS PESSOAS QUE SÂO VITIMAS da EXPLORAÇÂO , DISCRIMINAÇÂO, AMEAÇAS, CERCEAMENTO DE LIBERDADE de IR E VIR, SEGREGAÇÂO SOCIAL e RACIAL , IMPOSTA pelas mafias dos FALSOS CONDOMINIOS e associações que moradores que AFRONTAM a SOBERANIA DO ESTADO BRASILEIRO, dentro de seu proprio território , CRIANDO " CONDADOS" e "FEUDOS" onde a UNICA LEI que vale é a que eles IMPOEM pela FORÇA - da coerção MORAL e FISICA mediante ameaças - concretizadas - de SEQUESTROS de BENS de FAMILIAS, e de ameaças FISICAS e TENTATIVAS de HOMICIDIO praticadas contra os que LUTAM pela LIBERDADE e pelos DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS, cujas familias estão expostas , há mais de 20 anos à TORTURA MORAL - com total AFRONTA à COnstituição e ao ORDENAMENTO JURIDICO de nossa PATRIA AMADA BRASIL . Há mais de DUAS DÉCADAS as VITIMAS dos FALSOS CONDOMÍNIOS reclamam localmente e apelam às autoridades da administração pública, judiciário, ministério publico e orgãos de segurança publica, infelizmente, sem obter os resultados almejados, na grande maioria dos casos. Nesta luta sem tréguas contra o estado PARALEO os cidadãos APELAM à ... http://t.co/L7oLXHf


Dilma: Brasil não deve compactuar com violação dos direitos humanos 'em qualquer País'

Presidente participou de homenagem às vítimas do Holocausto na quinta-feira, 27, em Porto Alegre

28 de janeiro de 2011 | 8h 14

Elder Ogliari / PORTO ALEGRE - O Estado de S.Paulo
A presidente Dilma Rousseff disse que é dever do Brasil "não compactuar com nenhuma forma de violação aos direitos humanos em qualquer País, aí incluído o nosso", durante discurso aos cerca de 200 participantes da cerimônia do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, nesta quinta-feira, 27, na sede do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
A manifestação foi muito aplaudida pela plateia, que pouco antes tinha visto o presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg, mostrar-se entusiasmado com os primeiros movimentos de Dilma ao afirmar que a presidente "foi clara a respeito dos direitos humanos referindo-se inclusive ao que acontece no Irã". Em sua saudação, Lottenberg também lembrou à presidente que ela, melhor que todos os que estavam presentes, "sabe o que significa ser torturada e ter seus direitos de expressão subtraídos".
Em outros dois trechos do discurso, em momentos diferentes, Dilma reafirmou a busca da paz, "inclusive no Oriente Médio", como posição histórica do Brasil e fez menção às nações que buscam ter seus territórios, numa possível alusão aos palestinos. "Rendemos homenagem à resistência cultural judaica que pavimentou o caminho para uma pátria física, direito que não pode ser negado a nenhum povo", destacou, também sob aplausos.
Dilma destacou que o nazismo foi o início de uma época de violência industrial, de tortura científica, que seria usada em situações posteriores em guerras de extermínio e em ditaduras. "Lembrar Auschwitz, lembrar Birkenau (campos de concentração no sul da Polônia) é lembrar as vítimas de todas as guerras injustas, de todas as ditaduras que pelo mundo afora exterminaram, torturaram e tentaram calar milhões de seres humanos", comparou.
No mesmo tom de toda a cerimônia, Dilma também fez algumas menções ao uso da memória para evitar que novas tentativas de intolerância cresçam no futuro. "É nosso dever lembrar que o holocausto é crime contra os direitos humanos e contra a humanidade", reiterou, numa referência explícita à perseguição de judeus e minorias na Segunda Guerra Mundial.
Em outro momento, a presidente fez referências ao País. "No Brasil o dever da memória é algo indissociável do dever de festejar a vida, porque nós somos um povo que encara como sendo um momento muito especial da vida entender, compreender e sobretudo saber que é importante, para evitar que se repita, lembrar sempre, afirmar sempre, que nós rejeitamos a barbárie".


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Despite fierce opposition, work begins on Belo Monte dam

Despite fierce opposition, work begins on Belo Monte dam








january 27, 2011 



Arguably the most opposed dam project in the world received the go-ahead this week, reports theBBC. Brazil's environmental agency, IBAMA, has approved the first step of the massive hydroelectric project: clearing 588 acres of rainforest in the Amazon, although the dam would flood nearly 200 square miles (500 square kilometers) of forest.

Built on the Xingu River, indigenous rights groups say 50,000 people will be impacted and many will likely have to move after losing their livelihoods. Meanwhile environmentalists warn the dam will release massive amounts of the potent greenhouse gas methane due to rotting vegetation and disrupt fish migrations. 

Just two weeks ago it was reported that the president of IBAMA, Abelardo Bayma Azevedo, had resigned due to pressure to approve the Belo Monte dam despite environmental concerns. 

The Brazilian government argues that the dam, which was originally proposed in the 1970s under a military dictatorship, is necessary for increasing energy demands in the country. The 11 to 17 billion dollar dam would provide energy to 23 million homes, yet during three to four months of the year the dam will only run 10-30 percent capacity due to low waters. 

Licenses have not yet been granted for the dam's construction and the BBC reports that continued litigation against the dam is expected. 


Read also : 

THERE IS LIFE AFTER DEATH -HELP SAVE THE PLANET - WATCH AND SHARE - HOME the movie



On behalf of the Juruna Indigenous people of the Xingu River Basin, I ask for your support to help stop the Belo Monte Dam. At any moment, the Brazilian government could break ground, causing irreparable impacts for our communities, the environment and the global climate. We are at a critical time in the campaign to stop the Belo Monte Dam and it is essential that the international community take action now to defend the Amazon and support indigenous peoples' rights.
Please help us defend our river and future generations by signing this petition.
– Sheyla Juruna, Juruna Tribal Leader

New Dilma Government Approves Fast-Track Forest Clearance and Commencement of Controversial Belo Monte Construction Site

Brazília, Brazil – The Brazilian government has issued a "partial" installation license allowing the Belo Monte Dam Complex to break ground on the margins of the Amazon's Xingu River despite egregious disregard for human rights and environmental legislation, the unwavering protests of civil society and condemnations by its Federal Public Prosecutor's Office (MPF). The license was approved by Brazil's environmental agency IBAMA despite overwhelming evidence that the dam-building consortium Norte Energia (NESA) has failed to comply with dozens of social and environmental conditions required for an installation license.
The "partial" installation license, non-existent under Brazilian environmental legislation, will allow for NESA to open access roads and initiate forest clearing at dam construction sites in an area of 2,118 acres. "The partial installation license granted by IBAMA is intended to transform Belo Monte, a notoriously illegal and catastrophic dam project and a huge waste of taxpayers' money, into a fait accompli," said Christian Poirier, Brazil Program Coordinator at Amazon Watch.
The risky $17 billion Belo Monte Dam Complex will divert nearly the entire flow of the Xingu River along a 62-mile stretch. Its reservoirs will flood more than 100,000 acres of rainforest and local settlements, displace more than 40,000 people and generate vast quantities of methane – a greenhouse gas at least 25 times more potent than carbon dioxide.
The decision follows the recent resignation of IBAMA's president Abelardo Bayma, who allegedly departed amidst intense political pressures from the Ministry of Mines and Energy and President Dilma Rousseff.
The consortium also benefited from a subsidized $640 million start-up loan from the Brazilian National Development Bank (BNDES) for equipment purchases before a partial installation license was issued, countering legal procedures. The bank has come under increasing scrutiny from the Public Prosecutor's office and NGOs due to alarming evidence that approval is based on political grounds, often downplaying problems of economic viability and compliance with social and environmental safeguards.
According to Public Prosecutor Ubiratan Cazetta, "IBAMA is putting the region at a high social and environmental risk by granting a license allowing installation of the construction site while not requiring compliance with legally-mandated safeguards. No effective preparations have been made to absorb the thousands of migrants who will be attracted to the region in search of employment in dam construction. We're very concerned about what could happen here."
Fierce opposition by local inhabitants to Belo Monte has not wavered. "For us, Belo Monte's installation license is a sign of the government's deepening authoritarianism, as it continues to steamroll over environmental legislation and human rights," said Antônia Melo, a leader and spokeswoman for the Xingu Alive Forever Movement (MXVPS). "The government seeks to build this dam at any cost in order to benefit corporate interests at our expense. However, we will not stop fighting to preserve the Xingu, our national patrimony."






On behalf of the Juruna Indigenous people of the Xingu River Basin, I ask for your support to help stop the Belo Monte Dam. At any moment, the Brazilian government could break ground, causing irreparable impacts for our communities, the environment and the global climate. We are at a critical time in the campaign to stop the Belo Monte Dam and it is essential that the international community take action now to defend the Amazon and support indigenous peoples' rights.
Please help us defend our river and future generations by signing this petition.
– Sheyla Juruna, Juruna Tribal Leader

MP FEDERAL DO PARA VAI À JUSTIÇA COM LIMINAR CONTRA BELO MONTE



Clique AQUI para download da Petição inicial na integra 


MPF vai à Justiça contra licença precária de Belo Monte

Licença concedida ontem pelo Ibama não está prevista nas leis brasileiras
O Ministério Público Federal (MPF) no Pará ajuizou hoje, 27 de janeiro, ação civil pública em que pede a suspensão imediata da licença parcial ou fragmentada concedida ontem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para instalação dos canteiros de obras da hidrelétrica de Belo Monte.
Para o MPF, a licença é totalmente ilegal porque não foram atendidas pré-condições estabelecidas pelo próprio Ibama para o licenciamento do projeto, como a recuperação de áreas degradadas, preparo de infraestrutura urbana, iniciativas para garantir a navegabilidade nos rios da região, regularização fundiária de áreas afetadas e programas de apoio a indígenas. Até a emissão da licença provisória, 29 condicionantes não tinham sido cumpridas, quatro foram realizadas parcialmente e sobre as demais 33 não há qualquer informação.
“Devido a decisões como essa, podemos dizer que hoje o Ibama é o maior infrator ambiental na Amazônia”, declara o procurador da República Felício Pontes Jr., que assina a ação juntamente com os procuradores da República Bruno Araújo Soares Valente, Bruno Alexandre Gütschow, Daniel César Azeredo Avelino e Ubiratan Cazetta.
O MPF também solicitou à Justiça Federal a suspensão urgente da autorização de supressão de vegetação, também concedida ontem pelo Ibama para o projeto Belo Monte. Além do Ibama, são citados na ação a concessionária Norte Energia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O MPF pede que a Justiça impeça o banco de repassar qualquer tipo de recurso - ou de assinar qualquer acordo  nesse sentido - enquanto as ações civis públicas contra o empreendimento estejam tramitando, ou pelo menos enquanto as condicionantes não sejam cumpridas.
Em 2010, o MPF questionou a Norte Energia sobre o cumprimento das condicionantes. A concessionária pediu ampliação de prazo para dar a resposta, que acabou não apresentando. Para o MPF, essa situação “evidencia que o processo de cumprimento das condicionantes está em um estágio inicial que não permitia a concessão da licença”.
Além de requisitar informações à Norte Energia por ofício, no ano passado os procuradores da República que atuam no caso expediram duas recomendações ao Ibama, alertando que a expedição da licença sem o cumprimento das condicionantes seria irregular. Na primeira recomendação foi destacado que a instalação só poderá acontecer após se iniciar a construção
de escolas, postos de saúde, hospitais e obras de saneamento nos municípios e localidades diretamente afetados.
Ficção jurídica - “A infraestrutura de saúde e educação é uma das questões que mais preocupa as comunidades da região, já que o simples anúncio da obra já vem atraindo migrantes e sobrecarregando os serviços”, ressaltou o documento. Mesmo assim, nenhuma das providências previstas pelo Ibama foram concretizadas. Na segunda recomendação, o MPF lembrou que “não existe no ordenamento jurídico brasileiro o instituto da licença parcial de instalação (ou qualquer outro
instrumento com outro nome) que permita que se inicie a implementação de um empreendimento com impactos de grandeza regional ou nacional em caráter precário”.
Citados pelo MPF nas recomendações e ofícios, pareceres técnicos de servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do próprio Ibama (pareceres 88/2010 E 95/2010) também denunciam a irregularidade de uma licença provisória. “Uma Licença de Instalação deve estar vinculada ao pleno cumprimento de condicionantes da Licença Prévia e das ações antecipatórias”, dizem técnicos do Ibama. “A Funai considera que as condicionantes não tem sido cumpridas de maneira satisfatória até o presente momento, comprometendo sua total execução quando da solicitação da próxima licença prevista no processo de Licenciamento Ambiental, impedindo assim qualquer manifestação favorável da Funai em relação à continuidade do empreendimento”, registra o  ofício 557/2010/DPDS-FUNAI-MJ.
A ação ajuizada nesta quinta-feira é a décima proposta pelo MPF contra irregularidades no projeto Belo Monte.  A Justiça ainda vai se pronunciar definitivamente em relação a nove dessas ações, incluída a protocolada hoje.

Íntegra da ação: http://goo.gl/ZkvSW
Processo nº 968-19.2011.4.01.3900 – 9º Vara Federal em Belém (acompanhe o trâmite processual em http://ven.to/eRx)
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MPF recomenda ao Ibama que não fragmente licenças para Belo Monte - 27.01.2011

Procuradores enviaram documento hoje avisando que não existe licença parcial nesse momento. Condicionantes da licença prévia têm que ser cumpridas antes de nova autorização.
O Ministério Público Federal enviou hoje ao presidente do Ibama, Abelardo Bayma de Azevedo, uma recomendação para que não emita nova licença ambiental para a usina hidrelétrica de Belo Monte enquanto não estiverem resolvidas as questões pendentes da Licença Prévia.

“Se abstenha de emitir qualquer licença, em especial a de Instalação, prévia ou definitiva, do empreendimento denominado AHE Belo Monte, enquanto as questões relativas às condicionantes da Licença Prévia 342/2010 não forem definitivamente resolvidas de acordo com o previsto.

Na Licença Prévia, que autorizou o leilão da usina em abril desse ano, os técnicos do Ibama elencaram 40 condicionantes – exigências prévias – que deveriam ser cumpridas antes da emissão de novas autorizações. “O MPF constatou que, até agora,  a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto”, dizem os procuradores, para acrescentar em seguida que o cenário “é de total incerteza sobre o cumprimento das condicionantes e sobre os danos que com isso serão causados”.

O MPF alerta o Ibama de que o direito ambiental é regido pelo princípio da precaução, que exige cuidados prévios em caso de possibilidade de danos irreversíveis. “É inadmissível juridicamente a expedição dessa nova licença, porque relegaria a decisão por cumprir as condicionantes para um momento posterior”, diz a recomendação.

Na recomendação ao Ibama, os procuradores da República que atuam em Altamira, Cláudio Terre do Amaral e Bruno Gütschow lembram que “não existe no ordenamento jurídico brasileiro o instituto da licença parcial de instalação (ou qualquer outro instrumento com outro nome) que permita que se inicie a implementação de um empreendimento com impactos de grandeza regional ou nacional em caráter precário”.

Pelas leis brasileiras, um empreendimento pode obter três licenças ambientais – a Prévia, que estabelece a viabilidade do projeto e sob que condições; a de Instalação que, cumpridas as condições de viabilidade, permite o início da obra em si; e, após as obras, a Licença de Operação, que autoriza o funcionamento.

Por isso, o MPF registra na recomendação ao Ibama que, pelo princípio constitucional da legalidade, a administração pública e os agentes públicos só podem editar atos administrativos de acordo com o que está previsto na legislação.

No entanto, existe um caso de obra no setor elétrico que obteve licença parcial para instalação de canteiros, sem respeito à legislação: a obra de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. O caso das usinas do rio Madeira está sub judice, e há temor de que o mesmo tipo de burla se repita em Belo Monte.

Ministério Público Federal no Pará
Assessoria de Comunicação
Fones: (91) 3299-0148 / 3299-0177
E-mail: ascom@prpa.mpf.gov.br
Site: www.prpa.mpf.gov.br
Twitter: http://twitter.com/MPF_PA

ACOMPANHEM A BRILHANTE ATUAÇÃO do MINISTERIO PUBLICO em São Paulo, no PARÁ e em outros estados

" A praça é do POVO, como o céu é do condor " Castro Alves 

Esta pagina objetiva divulgar as iniciativas do Ministério Publico da União, nos tribunais e fora deles.
Aqui serão apresentados estudos, trabalhos, doutrina, petições e resultados de ações promovidas pelo MP, Federal e Estadual, em defesa do Ordenamento Juridico e dos Direitos dos cidadãos.

O Ministério Publico da União tem sua missão institucional definida no art. 127 e seguintes da Constituição Federal :

CF/88 . Art. 127 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.



A PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE HABITAÇÃO E URBANISMO DA CAPITAL, (SP) SEGUINDO A RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO, PROPÔS MAIS UMA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA IMPEDIR COBRANÇA DE TAXAS NOS LOTEAMENTOS


"O Promotor de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital,  Dr. José Carlos de Freitas, seguindo a recomendação do Conselho Superior do Ministério Público (Aviso PGJ nº 763/09, publicado no DOE de 18, 21 e 22/12/09),  ajuizou ação civil pública em face de Sociedade Amigos de Riviera Paulista (SARP) e Municipalidade de São Paulo. 
Alega-se na ação a transformação de loteamento regular em “condomínio fechado”, com a restrição de acesso a pessoas não residentes no Bairro Riviera Paulista, obstruindo a fruição de espaços públicos e até de um parque ecológico, mediante colocação de cancelas e guaritas na Estrada da Riviera, altura do número 4359, bem como outras formas de restrição à circulação de transeuntes nas vias do bairro, com cobrançacoercitiva do rateio de despesas, em afronta ao direito de associação."

27.01.2011-  PARABENS AO MPF do PARÁ 


BRASÍLIA - O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) informou há pouco que ingressou na Justiça com um ação civil pública contra a licença ambiental concedida ontem pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para a instalação do canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no rio Xingu (PA). 

Em entrevista coletiva concedida há pouco no Pará, o procurador Ubiratan Cazetta criticou a liberação da licença especial, que para os técnicos do órgão não se sustenta do ponto de vista legal. "Uma obra desse porte, com esses custos sociais não pode ser iniciada repetindo os erros do passado", disse o procurador por meio de informações divulgadas pela assessoria do MPF-PA, no microblog Twitter.
De acordo com assessoria do MPF-PA, a íntegra da ação liminar será divulgada ainda hoje.
(Rafael Bitencourt | Valor Econômico )


Veja as ações promovidas pelo MINISTÉRIO PUBLICO de São Paulo, e de outros estados, em defesa dos direitos e garantias constitucionais, das vitimas dos falsos condominios, de todos os matizes , acesse a  pagina " MINISTÉRIO PUBLICO EM AÇÂO " clique aqui

EXEMPLO A SER SEGUIDO :TUBARÃO/SC - LEMBRAR e PREVENIR - é preciso

Apesar de estar, novamente , sendo atingido pelas enchentes deste mes de janeiro/2011 , o municipio de Tubarão/SC nos oferece um exemplo de organização, e de integração, que merece ser divulgado.

Através da UNISUL TV, tivemos conhecimento da enchente em Tubarão em 2011, e pudemos constatar, que, pouco tempo depois do ocorrido, no dia 18/19 de janeiro 2011, já havia um mapeamento dos danos e estimativas de gastos com a reconstrução . Este video foi divulgado em nosso blog - veja aqui .

Pode ser que, todo este trabalho, bem como a inexistencia de vitimas fatais , seja o resultado do esforço conjugado do municipio, universidade e sociedade local , que precisa ser continuo.

Em  março de 2010 houve um Seminário para lembrar os 36 anos da enchente que arrasou a cidade em 1974 .
Apesar dos danos causados pelas enchentes de jan/2011 , onde o rio Tubarão subiu mais de 4 metros, percebe-se que o ALERTA da DEFESA CIVIL , e a retirada de moradores das áreas de risco, já mapeadas, deve ter ajudado a evitar maiores danos e perdas de vidas humanas.



UnisulTV | 24 de março de 2010 | 


O Seminário 36 Anos da Enchente de 74 - Memória, Prevenção e Reação Eficiente será rrealizado nesta quarta-feira (24/3), em Tubarão. No encontro, que deve contar com a presença de autoridades políticas do município, além de representantes da Defesa Civil, Associação de Engenharia e Arquitetura, e comunidade, serão apresentados e debatidos projetos ligados e redragagem do Rio Tubarão e formas de prevenção. E às vésperas de completar 34 anos da grande enchente, você confere agora a segunda reportaem da série que exibimos esta semana sobre a catástrofe que destruiu e matou muitas pessoas na cidade. Ainda hoje o acontecimento emociona quem estava na região durante a tomada das águas. Uma lembrança que em breve deve ganhar também as páginas de um livro

Tubarão : População sofre com as cheias 27.01.2011

O fim de semana foi de trabalho para muitos moradores. Depois da chuva de terça-feira, que deixou um rastro de destruição, principalmente no interior, no fim de semana alguns bairros voltaram a ser atingidos pela enxurrada. O Rio Tubarão chegou a quatro metros e oitenta centímetros acima do nível do normal..