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domingo, 21 de abril de 2013

CHEGA DE IMPUNIDADE E DE OMISSÃO, ABAIXO A PEC DA IMPUNIDADE


O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.  Martin Luther King


DIGA NÃO À IMPUNIDADE 

KIT de MOBILIZAÇÃO contra a PEC 37 - clique aqui 

"O evangelho de hoje é um incentivo e um grito de esperança e de ânimo para quem quiser ir à luta, combatendo abertamente o mal, não as pessoas, presente em todos os lugares." Jesus , o Bom Pastor - leia mais  


MENSAGEM PARA OS CIDADÃOS DE BEM : 

Amigo,  mais de 180.000 brasileiros de todo o país já assinaram o abaixo-assinado contra a PEC da Impunidade! Encaminhe este email para dois amigos para conseguirmos 250.000 assinaturas antes do tuitaço esta segunda-feira ,dia 22 de abril de 2013 
Copie e cole o email abaixo e envie para pelo menos dois amigos: 

Olá!
Amanhã procuradores e promotores de justiça, movimentos anti-corrupção, cidadãos e toda a sociedade brasileira estará se mobilizando contra a PEC 37. Segundo procuradores, a proposta que removeria o poder de investigação do Ministério Público,  é "um atentado à democracia" e apenas iria contribuir para a falta de punição a políticos corruptos
Associações do Ministério Público já estão coordenando mobilizações contra a PEC 37 por todo o país. Vários atos públicos, palestras e ações da campanha já estão acontecendo. Agora, promotores e procuradores estão convocando um tuitaço Brasil Contra Impunidade, marcado para esta segunda-feira, dia 22 de abril, para mostrar que a sociedade brasileira apoia a campanha em defesa do Ministério Público. 
Vamos chegar a 250.000 assinaturas antes do tuitaço para mostrar o forte apoio da população em defesa do poder de investigação do Ministério Público. Assine e divulgue a campanha. 
Obrigada,
Graziela e a equipe da Change.org








Impunidade, não! MP com poder de investigação! #NãoPEC37

Impunidade, não! MP com poder de investigação! #NãoPEC37

    1.  
    2. Abaixo-assinado por
  1.  
  2.  

Está em votação no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 37, também conhecida como "PEC da Impunidade", que tira o poder de investigação dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal. Caso seja aprovada, praticamente deixarão de existir investigações contra o crime organizado, desvio de verbas, corrupção, abusos cometidos por agentes do Estado e violações de direitos humanos.
A proposta atenta contra o regime democrático, a cidadania e o Estado de Direito e pode impedir que outras Instituições também investiguem (Receita Federal, COAF, TCU, CPIs etc).
A Constituição Federal permite que o Ministério Público investigue, assim também o fazem outras leis como, a Legislação Eleitoral, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Estatuto do Idoso. O STF já proclamou que o MP também deve investigar.
Os grandes escândalos sempre foram investigados e denunciados pelo Ministério Público, que atua em defesa da cidadania de forma independente.
A QUEM INTERESSA ENTÃO RETIRAR O PODER DE INVESTIGAÇÃO?
A PEC da Impunidade já foi aprovada em comissão e poderá ser votada em plenário pela Câmara dos Deputados a qualquer momento. Defenda o MP para que ele continue fazendo um trabalho sério, competente e tão necessário para combater o crime e a corrupção no Brasil!
Esta é uma campanha organizada por: Associação Nacional do Ministério Público (CONAMP)
Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG)
Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR)
Associação Nacional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (AMPDFT)
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT) 
Associação Nacional do Ministério Público Militar (ANMPM)
Para:
Deputados Federais e Senadores 
A PEC 37 atenta contra o REGIME DEMOCRÁTICO, A CIDADANIA E O ESTADO DE DIREITO e pode impedir que outras Instituições como a Receita Federal, os Tribunais de Conta, as Forças Armadas, e mesmo as Comissões Parlamentares de Inquérito, realizem investigações, reservando tal atribuição exclusivamente à Policia Civil e à Policia Federal. Não deixem isso acontecer, votem contra a PEC 37.
Atenciosamente,
[Seu nome]

Apoiadores


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MPT no RN
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MPF_PRR1
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Notícias

  1. Chegou a 150.000 assinaturas
  2. PROCURADOR-GERAL DE SP ATACA PROJETO QUE VETA INVESTIGAÇÕES


    Procurador-geral de SP ataca projeto que veta investigações
    O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, 49, teme a anulação de todo o processo sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), caso seja aprovada a Proposta de Emenda à Constituição que extingue o poder de investigação do Ministério Público --a PEC 37.
  3. Chegou a 15.000 assinaturas

JESUS O BOM PASTOR : «Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão» (Jo 10,28).


Eu sou o bom pastor, diz o Senhor; eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem (Jo 10,14).


Vivendo a Palavra

O Apocalipse fala da vida como ‘a grande tribulação’. É fundamental que nós a enfrentemos como ovelhas que seguem o Pastor, a quem o Pai entregou tudo e que nos promete a Vida Eterna. Esta é a imagem consoladora da Igreja em que somos discípulos missionários de Jesus Cristo.



ORAÇÃO A JESUS - O BOM PASTOR 
Oração à Jesus , o Bom Pastor 

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: 

Celebramos o Domingo do Bom Pastor e a Jornada Mundial pelas Vocações Sacerdotais e Religiosas, que neste ano têm um sentido especial para os jovens, por causa da Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 de julho, no Rio de Janeiro. 
JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2013
RIO DE JANEIRO BRASIL 
Fazer discípulos entre todas as nações é um chamado que precisa da presença de sacerdotes, religiosos e religiosas, os quais devem ser os pioneiros na evangelização. Então, enquanto romeiros em busca da Terra Prometida, procuremos aprofundar a nossa intimidade com Cristo ressuscitado, a fim de sermos seus verdadeiros discípulos e missionários e atuar como sal e luz na cidade de São Paulo e em todas as cidades do Brasil 



Dia Litúrgico: 21 de abril - 4 Domingo da Páscoa

Leituras do Dia : 

- Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, Paulo e Barnabé 14partindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se. 43Muitos judeus e pessoas piedosas convertidas ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé. Conversando com eles, os dois insistiam para que continuassem fiéis à graça de Deus. 44No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. 45Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia. 46Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que vamos dirigir-nos aos pagãos. 47Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”.
48Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. 49Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região.
50Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território. 51Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

 Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
R:  Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
- Aclamai o Senhor, ó terra inteira,/ servi ao Senhor com alegria,/ ide a ele cantando jubilosos!
R:  Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
- Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,/ ele mesmo nos fez, e somos seus,/ nós somos seu povo e seu rebanho.
R:  Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
- Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,/ sua bondade perdura para sempre,/ seu amor é fiel eternamente
R:  Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.


- Livro do Apocalipse de São João: Eu, João, 9vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão. 14bEntão um dos anciãos me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro. 15Por isso, estão diante do trono de Deus e lhe prestam culto, dia e noite, no seu templo. E aquele que está sentado no trono os abrigará na sua tenda. 16Nunca mais terão fome nem sede. Nem os molestará o sol, nem algum calor ardente. 17Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água da vida. E Deus enxugará as lágrimas de seus olhos”.
- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.



Naquele tempo, disse Jesus:
27 As minhas ovelhas escutam a minha voz,eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu dou-lhes a vida eterna
e elas jamais se perderão.
E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29 Meu Pai, que me deu estas ovelhas,
é maior que todos,
e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.
30 Eu e o Pai somos um.'

Palavra da Salvação.

Comentário: P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat (Montserrat, Barcelona, Espanha)
As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço
Hoje, a atenção de Jesus sobre os homens é a atenção do bom pastor, que toma sob sua responsabilidade as ovelhas que lhe são confiadas e se ocupa de cada uma delas. Entre Ele e elas existe um vínculo, um instinto de conhecimento e de fidelidade: «As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem» (Jo 10,27). A voz do Bom Pastor é sempre um chamado a segui-lo, a entrar no círculo magnético de influência. 

Cristo nos ganhou não somente com seu exemplo e com sua doutrina, e sim com o preço do seu Sangue. Nós tivemos um preço muito alto, e por isso Ele não quer que nenhum dos seus se perca. E, como toda evidência se impõe: uns seguem o chamado do Bom Pastor e outros não. O anuncio do Evangelho a uns lhes produz raiva e a outros, alegria. O que será que têm uns, e que não têm outros? Santo Agostinho, ante o mistério abismal da escolha divina, respondia: «Deus não te deixa, se tu não o deixas»; não te abandonará, se tu não o abandonas. Não ponha, portanto a culpa em Deus, nem na Igreja, nem nos outros, porque o problema de tua fidelidade é teu. Deus não nega suas graças a ninguém, e esta é a nossa força: agarremo-nos bem forte á graça de Deus. Não é nenhum mérito nosso; simplesmente, fomos “agraciados”.

A fé entra pelo ouvido, pela audição da Palavra do Senhor, e o maior perigo que temos é a surdez, não ouvir a voz do Bom Pastor, porque temos a cabeça cheia de ruídos e de outras vozes discordantes, ou o que é ainda mais grave, aquilo que os Exercícios de Santo Inácio dizem «fingir-se que é surdo», saber que Deus te chama e não dar-se por aludido. 

Aquele que se nega ao chamado de Deus conscientemente, reiteradamente, perde a sintonia com Jesus e perderá a alegria de ser cristão para ir a outras pastagens que não saciam nem dão a vida eterna. 

No entanto, Ele é o único que pode dizer: «Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão» (Jo 10,28).


BANDEIRA DO BRASIL
Brasil, coração do Mundo, Pátria do Evangelho 


1. NINGUÉM VAI ARRANCÁ-LAS DE MIM...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Vivemos em um tempo em que infelizmente somos muitas vezes dominados pelo medo e a insegurança porque vemos a ação do mal por todos os cantos.

Olhamos para nós mesmos e sentimos que embora nos esforcemos por viver bem, inúmeras vezes pecamos, por falta de amor, de fidelidade, de perseverança, de confiança em Deus, na própria igreja só olhamos a instituição, a igreja humana e às vezes o desânimo é tanto que não enxergamos a igreja divina, instituída por Jesus, e da qual participamos pelo nosso Batismo, apesar de sermos indignos. Sentimo-nos ameaçados a todo o momento e o medo de sucumbir no mal, é muito grande e diante do avanço das forças do mal, sentimo-nos impotentes.

Possivelmente era também esse o estado de espírito das comunidades de João no primeiro século da era cristã, por causa das intensas perseguições do império romano e dos próprios judeus ao cristianismo. O medo e a insegurança podem fazer–nos render diante do mal.

Elas jamais hão de perecer e ninguém as roubará de minha mão. Meu pai que mas deu, é maior que todos; e ninguém as poderá arrebatar do meu pai. Eu e o pai somos um” - é uma afirmativa de Jesus no evangelho desse domingo, que refletido em profundidade irá nos tirar a todos desse marasmo, do comodismo e conformismo diante do mal.

A primeira idéia é de proteção, estamos nas mãos do Pai e do seu Filho Jesus e nada de mal irá nos ocorrer, podemos ficar tranqüilos e basta apenas que cumpramos nossas obrigações religiosas para com Deus e a igreja de Cristo. Esse pensamento é nefasto porque nos conduz a passividade e perdemos a capacidade de nos indignar diante de fatos ocasionados pelo mal. A outra idéia errada que podemos ter, é de que o nosso Deus é possessivo quando fala que ninguém nos arrancará de suas mãos.

Mas a mensagem é bem outra e aqui podemos nos lembrar das narrativas do livro dos reis, que enfoca a bravura e a coragem de Davi quando ainda pastor, que quando via o seu rebanho atacado pelo lobo, se atirava sobre ele e o estraçalhava com a força do seu braço e dos seus dentes. Talvez nos falte hoje essa bravura e esta coragem diante das forças do mal, temos medo do que vemos e assistimos no dia a dia, não queremos nos envolver ou nos comprometer com algum posicionamento mais radical contra a maldade presente no coração de muitos que matam, roubam, enganam, manipulam.

Temos medo de testemunhar o evangelho e sermos taxados de antiquados, retrógrados, preferimos muitas vezes nos deixar levar pela onda, “é melhor não falar, é melhor não dar a minha opinião, alguém pode não gostar”. Agimos assim no trabalho, na política, no ensino, na comunidade e na família. Preferimos ficar rezando para que Deus toque no coração dos que estão dominados pelo mal, fazemos a nossa parte rezando.

O evangelho de hoje é um incentivo e um grito de esperança e de ânimo para quem quiser ir à luta, combatendo abertamente o mal, não as pessoas, presente em todos os lugares. Cristo Jesus nosso único pastor nos deu a vida eterna, nos libertou e nos redimiu com seu sangue, fomos assim resgatados das forças do mal, pertencemos a Deus e o Pai nos confiou a seu Filho Jesus, “ninguém conseguirá nos arrebatar de suas mãos poderosas” , Jesus e o Pai são um, e com ele nós somos a Igreja, com a missão de evangelizar, de anunciar a verdade, a justiça e a paz, o Shalom que evoca a presença de Jesus em nosso meio. Não há o que temer! Mas é preciso ser discípulo, seguidor de Jesus, não tremer, não vacilar e nem recuar diante do mal.

É preciso conhecer a sua voz, sua palavra de ordem do evangelho, diante de tantas falsas palavras que nos iludem, oferecendo-nos um mundo novo que não passa de uma fantasia. Só Jesus é o nosso pastor e mais ninguém.

Ele é a nossa rocha, nossa fortaleza e segurança, o mal presente em nós, o pecado dos nossos irmãos, o mal presente na sociedade de tanta morte e violência, não conseguirá nos arrancar de suas mãos. Basta crer e se comprometer com o seu reino. E assim podermos rezar na firmeza do salmo 99 “sabei que o Senhor, só ele é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho”.
José da Cruz é Diácono d
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP


Espírito Santo,
dai-nos o dom do conselho,
que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.

ORAÇÃO 
Pai Santo, que a promessa de não sermos arrancados das mãos do Cristo nos dê força e coragem para enfrentar as tribulações deste mundo e, diante delas, tenhamos ainda o cuidado de aliviar as dores dos irmãos que sofrem. Nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.



sábado, 20 de abril de 2013

BRASIL SECULO XXI : ABUSOS, VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS, DISCRIMINAÇÃO RACIAL E SOCIAL EM FALSOS CONDOMINIOS NEGA ESTADO DEMOCRATICO DE DIREITO

No Brasil, onde a miscigenação racial é bem-vinda, a integração social não leva à igualdade econômica


The Washington Post 2013-03-17RIO DE JANEIRO — Muitos brasileiros consideram seu país como democracia racial onde as pessoas de grupos diferentes durante muito tempo ligaram-se por casamento, e resultam numa população com grande miscigenação racial. Mas basta voce  ligar a TV, abrir o jornal ou passear pelas ruas para se deparar com claras evidencias de segregação. No Brasil, os brancos estão no topo da pirâmide social, dominando profissões que conferem riqueza, prestígio e poder. Pessoas de pele escura estão no fundo da piramide social, relegadas em cuidar da limpeza das casas, das crianças e dos idosos pois que outros e cuidam de suas crianças e o idoso. leia mais...  read more ...
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APOSENTADOS , IDOSOS , NEGROS , MINORIAS  
AINDA LUTAM POR LIBERDADE , IGUALDADE E JUSTIÇA 
Nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas, e em muitos outros, alguns dos piores aspectos da historia brasileira estão sendo revividos. O conluio de governantes municipais , por ação e por omissão, está possibilitando a privatização ilegal das praias , ruas e outros bens publicos de uso comum do povo. Bairros urbanos são "transformados" , do dia para a noite em "grandes condominios fechados" . Paralelamente, grandes loteamentos são anunciados e vendidos, ilegalmente, como "grandes condominios fechados", enganando a população, e transferindo para os compradores dos LOTES os custos de implantação dos equipamentos urbanos essenciais, tais como pavimentação das ruas, instalação e fornecimento de energia eletrica , água e esgoto, e serviços publicos de conservação , limpeza , coleta de lixo e segurança publica.
São os chamados "falsos condomínios", ou "condominios irregulares", muitas vezes fechados por moradores, que se organizam em associações civis, com fins LUCRATIVOS, e que passam a praticar o maior golpe de estelionato já aplicado contra os cofres publicos, e contra a população. Ninguém esta livre da sanha de "dominação" e da corrupção do "poder paralelo" dos novos "coronéis", "barões", "condados", que se arvoram em "protetores" das artes, do meio ambiente, da cultura, dos direitos humanos, para , assim, mais facilmente explorar os vizinhos, impondo-lhes cobranças ilegais de fictas "cotas condominiais", sem nenhuma fiscalização, sem pagar imposto de renda, sem ética, sem moralidade, sem vergonha, sem respeito ao ordenamento juridico da Nação !!!!

Published  12/12/2012
Preconceito e ganancia : As raizes dos falsos condominios e da privatização ilegal dos espaços publicos na Bahia - Brasil  
Um documentario da Mobilização Comunitária do Litoral Norte da Bahia  clamando pela restauração do DIREITO CONSTITUCIONAL de livre circulação nas ruas publicas e de livre uso das praias pela população 
Resultado de um trabalho de mais de dois anos, o documentario Preconceito e ganancia : As raizes dos falsos condominios e da privatização ilegal dos espaços publicos denuncia as ilegalidades praticadas contra o povo brasileiro, a partir da perspectiva das comunidades circunvizinhas, afetadas , criminalizadas e discriminadas por estes "novos senhores feudais"
Este filme é uma publicação independente, feita com a participação das lideranças comunitárias locais, e surgiu como uma necessidade de denunciar estes abusos, depois que a denuncia gravada pelo programa CQC da TV Bandeirantes ( 1 semana de filmagens no local ) foi CENSURADA ( não se sabe por quem ) e NÃO FOI ao AR, para grande decepção de toda a comunidade, e uma vergonha à liberdade de imprensa no Brasil .
Esta estoria real é contada pelos ativistas de direitos humanos, pelos cidadãos conscientes de seus deveres para com a preservação da Democracia no Brasil, advogados, e vitimas dos abusos praticados pelos falsos condominios .
Neste documentario eles se juntam para lutar pela defesa dos seus direitos humanos, e expor, à toda a sociedade, a pratica ilegal de privatização ilegal e inconstitucional dos bens publicos de uso comum do povo, o racismo, os crimes ambientais, e o lucro ilegal dos administradores dos falsos condominios. Eles exigem o respeito e a proteção do Estado aos seus direitos de ter acesso e de transitar livremente pelas praias,  ruas , praças , lagoas, parques e outras áreas publicas, garantia constitucional do direito de ir e vir.
Assistam a introdução . Direção: Roberval de Oliveira
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Cidadãos brasileiros discriminados por falsos condominios, exigem respeito aos seus direitos humanos à sua liberdade de ir e vir .

Enquanto o Rio de Janeiro se prepara para hospedar dois dos maiores eventos mundiais,  a Copa do Mundo de 2014, e as Olimpiadas de 2016, a cidade trabalha para "limpar" a sua imagem , aumentando o policiamento e a repressão às milicias que atuam em favelas .


Mas, nada está sendo feito em defesa dos direitos à segurança publica, liberdade de ir e vir, liberdade de associação e desassociação de milhares de cidadãos , trabalhadores, honestos, idosos, aposentados , e pensionistas do INSS, que continuam a ser explorados por falsos condominios que usurparam e fecharam ruas publicas, e praias, e que impõem regime de terror contra todos aqueles que se recusam a participar de suas atividades ilegais, e se negam a financiar o enriquecimento ilícito, verdadeiro estelionato, imposto contra a lei e a constituição federal . 



Assistam ao depoimento do idoso  LUIZ GEORG KUNZ que está lutando na justiça para não perder sua casa propria, unico bem de familia, depois de ter sido condenado , ilegalmente , a pagar "cotas de condominio" a uma associação de moradores, que não lhe presta serviço nenhum, e da qual ele sempre se recusou a participar !


LUIZ GEORG KUNZ - ABATIDO PELO CANCER - PILHADO POR CONDOMINIO ILEGAL
O AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A INADMISSÃO DE SUA APELAÇÃO VAI SER JULGADO NA PROXIMA QUINTA FEIRA - DIA 25 DE ABRIL - PELA 20 CAMARA CIVIL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO - DEPOIS DE QUASE 1 ANO PARADO

SAIBA MAIS LENDO O PEDIDO DE JUSTIÇA E DE LIBERDADE ASSINANDO AQUI 

Leiam o excelente artigo-denuncia da DEFESA POPULAR contra o "ativismo judicial" desprovido de fundamentação legal, que afronta a autoridade das Cortes Supremas do Brasil para condenar cidadãos a perderem suas moradias, casas proprias , unico bem de familia , intitulado "NÃO RESPEITAR A HIERAQUIA INSTITUCIONAL É PROMOVER O CAOS SOCIAL " postada em 19 de abril de 2013 em  http://defesapopular.blogspot.com.br/

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CARTA AO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Exmo. Senhor Ministro CEZAR PELUSO - Presidente do Supremo Tribunal Federal – Brasília

O Brasil vive uma situação de insegurança jurídica intolerável diante de alarmantes fatos que agridem de forma explícita direitos civis fundamentais que constituem sua democracia, tanto de nativos quanto estrangeiros. Famílias perdendo suas casas. Aposentados perdendo suas casas. Gente simples exercendo o direito de não se associarem à força e que nunca morariam em condomínios legalmente constituídos, agora tratados como condôminos endividados. A furiosa sanha por lucros de administradoras e associações de moradores combinado a uma justiça que confronta sistematicamente os regimentos básicos da constituição.

É coerente que num estado de pleno direito civil, o engajamento de todos os setores da sociedade em torno de uma causa comum seja um indicativo orgânico de sua saúde social e política. Associações por sua vez também são constituídas para dar voz a cidadãos e entidades objetivamente engajados em dialogar e propor soluções junto aos poderes públicos, soluções estas que buscam corrigir ou diminuir problemas que afetam a nação como um todo.

Neste quadro todas as esferas sociais devem estar incluídas, pois todos contribuem e recebem do erário público, na forma de serviços básicos como saúde, segurança e educação. Havendo um desacordo, uma dessincronia entre contribuição e recebimento, um estado de relaxamento implanta-se entre cidadão e poder público. Esta dessincronia manifesta-se da seguinte forma: o contribuinte que tem menos fia-se única e exclusivamente no retorno do poder de sua contribuição, a saber: saúde, educação, segurança, planejamento. Por sua vez, o contribuinte que tem mais já não faz usufruto do que lhe é de direito, dando preferência às categorias privadas de serviços: planos de saúde, escolas particulares, segurança privada; sem no entanto poder abdicar dos impostos do estado . Ocorre então a situação anômala do cidadão que tem menos coagido pelas associações e sentenciado pela justiça a pagar “dupla tributação”, uma oficial e outra paralela. Esta dessincronia solapa a credibilidade de um estado democrático e implanta o poder do patrimônio privado, relaxando as obrigações e deveres entre cidadão e poder público (civitas) e aumentando a distância entre teoria e prática do uso dos espaços públicos e bens comuns da sociedade civil.

A face perversa desta matemática não são os serviços públicos e os tributos oficiais não raro desproporcionais que o contribuinte deve arcar, mas sim a paulatina absorção de um estado de direito de fato por um estado de pseudo-direito relativo, traiçoeiro, demagógico e que reduz a soberania da constituição em prol do corporativismo de uma influente parcela abastada. O direito do morador de participar dos negócios públicos (polis) em função da coletividade perde seu sentido quando a intenção final é segregar, dividir, distanciar, estigmatizar e espoliar. Usurpação é o termo para esta crise de valores que corrói silenciosamente o estado democrático do país. Igualmente é o termo com o que vítimas públicamente humilhadas, denegridas, agredidas, reduzidas à condição de insolvência financeira e rotuladas como ilícitas devem lidar.

Aqui a situação absurda implantada pelo poder público sob as vistas bondosas da justiça precisam ser sublinhadas para que se afaste de vez interpretações capciosas: os bairros comuns denominados em regime de exceção como “células” ou “bolsões residenciais” submetem todos os seus moradores a um golpe administrativo e financeiro que gera lucros ilícitos a terceiros e lesa o contribuinte que depende dos serviços básicos. As prefeituras continuam cobrando a manutenção asfáltica mas desoneram-se de seus deveres, ao passo que a conservação das ruas e a segurança pública são sistemáticamente terceirizadas. O contribuinte que deveria ter acesso a estes direitos é triplamente lesado: primeiro porque paga ao Estado um tributo obrigatório e não tem como dele se desvincular. Segundo porque não recebe os serviços básicos que são matéria destes tributos (sabe-se que terceirização em lugar da segurança pública não muda as estatísticas de criminalidade). Terceiro porque a “tributação paralela” implantada pelas associações é coercitiva e ampara-se no mecanismo de uma justiça taylorista como forma de intimidar os cidadãos que a ela se opõem.

A face perversa continua no olhar amedrontado de idosos que presenciam em curto espaço de tempo mudanças dramáticas no bairro: muralhas, cancelas, rondas particulares, cobranças compulsórias e notificações judiciais. Além dos notíciarios que falam de assaltos, seqüestros e violência, deverão no limite de suas forças ainda lidar com a iminente penhora de seu bem imóvel e de todos os limitados recursos guardados para o outono de suas vidas, e pior, com a anuência da justiça que deveria antes de tudo estar atenta à soberania da carta magna.

Documenta-se casos de aposentados acometidos por severa catatonia, desacreditados e desassistidos pelos novos vizinhos que aplaudem a chegada dos oficiais de justiça para a perícia dos bens. A renda que recebem da aposentadoria coloca-os diante de uma faca de dois gumes: gastar uma parcela em remédios ou aceitar a imposição de um gasto que definitivamente não trará benefícios objetivos para a nação. As benfeitorias destes enclaves que se querem condomínios tornam-se questionáveis quando operam na superfície da mais óbvia pátina que a aparência pode oferecer.

A dubiedade operada no frágil psiquismo de quem compra a segurança privada cobrando partilha de taxas ao não associado escancara-se nas guaritas faraônicas e nos custos proibitivos da manutenção de signos de prosperidade financeira em lugar de segurança efetiva. Dúbio porque utiliza como álibi uma preocupação comum que afeta a todos oferecendo em contrapartida uma solução que amplifica sua distinção social. Dúbio porque a argumentação da parcela instruída dos que defendem a condominização compulsória do país amparado no “Fato Social” reduz-se à venalidade e promoção comercial quando observados de uma ótica humana. E de que outra coisa falamos que não a óbvia segregação entre ricos e pobres? Apenas que a lei que antes assegurava a isonomia de direitos, a dignidade e a proteção do cidadão (societas) ante as arbitrariedades do Estado e do livre jogo de mercados encontra-se sistemáticamente abalada. Citemos uma passagem do artigo Cidade, Cidadania e Segregação Urbana de Luiz Cesar de Queiroz Ribeiro, Coordenador do Observatório de Políticas Urbanas e Gestão Municipal – IPPUR/FASE/UFRJ:

Há portanto, hoje em dia, mudanças ou “rupturas no processo histórico” que impactam de forma específica [...], a polis (o direito do morador de participar nos negócios públicos) aumenta enquanto o civitas (relações fundadas em direitos e deveres mutuamente respeitados) permanece hipertrofiado e o societas (direitos de proteção do morador contra a arbitrariedade do estado, proteção dos valores sociais diante do livre jogo do mercado) praticamente inexiste.

Assim abalou-se também a confiança nas justiças municipais e estaduais que acolheram argumentos estapafúrdios como “enriquecimento ilícito” dando ganho de causa às associações de bairros que estimulam seus moradores a pensar e a agir como especuladores de seus próprios bens imóveis.

É preciso advertir que o estado democrático só será entendido como tal se as decisões judiciais forem previsíveis e se estas emanarem de uma constitucionalidade objetiva e transparente, e não difusa e atropelável como muitos juízes preferem conduzir. Tais valores particulares retrocedem ao período em que uma minoria apoiada num poder concentrado (aristocracia) governava o estado. Vale a pena resgatar o conceito de Montesquieu sobre o poder coletivo da democracia ante o poder de uma minoria que controla o estado em defesa de seus particularismos. Diz Montesquieu que - quando, em república, o povo, formando um só corpo, tem o poder soberano, isso vem a ser uma democracia. Quando o poder soberano está nas mãos de uma parte1 do povo, trata-se de uma aristocracia. E na aristocracia a soberania invariavelmente estará nas mãos de um certo número de pessoas. São elas que fazem as leis, e as fazem executar. Marca distintiva da aristocracia é a desigualdade de direitos, a desproporcionalidade na punição dos delitos e o patrimonialismo que subtrai o direito do próximo tendo como único fim expandir, absorver e particularizar os bens coletivos e de uso comum do povo.

O espaço acolhedor do lar tece teias de significações afetivas que dão identidade e pertencimento à família envolvendo seus membros em torno de uma história comum, um chão seguro, uma referência que será constante nas relações sociais de um indivíduo durante as várias fases de sua vida. A casa paterna, a casa materna, a casa dos avós, a casa própria, a casa simples mas digna e segura. Esta não é a casa deliberada pela justiça brasileira, mas sim objeto de empenho transacionável como ativo de risco. Portanto entendamos da seguinte maneira: seus residentes prestidigitaram de forma especulativa e nada inocente anos antes da associação que os colocou na berlinda existisse. Especularam sobre as ruas tranqüilas que atrairiam enormes mansões, especularam sobre as muralhas imponentes que circundariam estas mesmas ruas, especularam sobre as rondas particulares com seus giroscópios pulsantes, especularam sobre a valorização de sua casa mesmo nunca tendo celebrado contrato com qualquer corretora de imóveis o de mercados futuros. É no entanto imprescindível saber que a família em questão erigiu seu lar pagando impostos para que se assegurasse condições mínimas para a educação de seus filhos, para o cuidado de seus idosos e para a dignidade dos que diariamente trazem comida à mesa, e não especulando sobre possíveis ganhos ou perdas no valor do imóvel.

A decisão de construir um patrimônio excedente para as contingências do futuro demanda maturidade financeira e conhecimentos que se adquirem com tempo e prática, e não raro, envolve riscos que só podem ser dimensionados a partir do comum acordo de todos que se encontram sob o mesmo teto. A primeira casa, a casa única, primordial, é no entanto garantia da continuidade da família, é a guarida que separa o mundo das pessoas jurídicas com o das pessoas físicas, é o lugar onde se deve aprender o limite da extensão dos direitos pessoais em detrimento do respeito aos direitos do próximo, da fraternidade, do amor, da solidariedade, da tolerância. O investimento de tal santuário é antes de tudo humano.

Mas a justiça presume o entendimento de nova modalidade de família afetada pelas cartilhas de associações e guildas do mercado imobiliário: frívolos, materialistas, aparentes, com vínculos afetivos baseados a partir do consumo e da posse de objetos. Os valores anteriores ao liberalismo econômico subsistem claramente nas marcas e produtos que simulam imagens tradicionais intencionalmente vinculados à segurança da matriz familiar, a nomes de lugares e coisas ressuscitados em campanhas publicitárias e que só se ouvia “da boca de nossos avós”. Temos a família do Portal dos Manacás, a família do Residencial Florada da Serra, do Condomínio Jurupês, do bolsão dos Marqueses. E temos a família dos Citroëns, a família dos Renaults e a família dos Audis. Certamente é a família de uma marca de margarina que mais prontamente se apresenta como conceito subjetivo quando procuramos apressadamente ordenar nossa psique.

O apreço pela imagem especular interpôs-se diante da essencialidade dos valores humanos, coisa que em nenhuma instância pode o ordenamento jurídico tomar partido. Questiona-se então qual a solidez dos argumentos que levam associações de bairro a concluir que a estética de suas mansões recentemente erigidas contribuem efetivamente para a valorização do humilde imóvel de seu vizinho, tendo este por sua vez que arcar também com os custos dos investimentos alheios que lhe vêm de forma tirana , ignóbil e interesseira. Note-se que a partir deste ponto nem se argumenta mais sobre os incrementos performáticos e espetaculosos da segurança privada que age à margem do estado e dentro dos muros de células, bolsões e pseudo-condomínios residenciais.

Diante desta interpretação infamemente deformada, é urgente que a justiça aja em uníssono em todas as suas esferas, e que interrompa esse ciclo de incertezas que atormenta as vítimas dessa enorme pressão psicológica que traz malefícios à saúde e mitiga suas expectativas de vida. Dar ganho de causa às associações de bairro que subtraem enormes porções do tecido urbano com sua cosmética condominial e suas taxas impositivas e fundamentalmente anti-constitucionais afronta os direitos humanos e instaura fissura perigosa no direito básico de moradia: é o mesmo que o estado entregar os marcos regulatórios da lei de parcelamento de solos a um mercado selvagem e sectário que desalojará e penhorará as posses limitadas de famílias que não aceitarem as regras do jogo.

Acatando discursos de terceiro setor empregados desavergonhadamente no jogo raso e perverso de associações e administradoras que se fantasiam em pele de cordeiro, a justiça não fará mais que destruir famílias e condenar cidadãos que contribuíram para o Estado a vida inteira a uma dolorosa e irreparável insolvência da qual não tem culpa. Tal desamparo legal constitui-se em insidiosa violência contra os direitos humanos, pois fortalece as tensões sociais ao instaurar uma democracia de poucos em detrimento da verdadeira democracia.

Encaminho esta carta em duas vias, uma para a embaixada do Brasil, em Hansaallee 32A e outra para o escritório da Human Rights Watch, Poststrasse 4/5, Berlim.

Berlim, 06 de fevereiro de 2011

Oliver Mann

Carta à Presidência da República do Brasil SAE - 09/06/2010 às 22:31

Na condição de estrangeiro residente no Brasil e onde passei a maior parte de minha vida, sinto-me no dever de externar a mais profunda gratidão pela formação intelectual e cultural que me foi concedida, sendo que hoje me é quase impossível dizer que não sou brasileiro toda vez que cruzo o espaço Schengen.
Nossa família firmou raízes no Brasil em 1974, e sendo filho de pai europeu e mãe asiática os valores cultivados em nossa casa foram sempre dos melhores de cada cultura, e aí incluo com muito orgulho, os brasileiros.
Como toda leva de estrangeiros que buscam nesse imenso país os começos e recomeços de uma vida e o anseio de pertencimento a um chão, a uma morada acolhedora e ponto referencial de toda história familiar, prezamos muito pelo sentido latente que a palavra “casa” tem para nós. Sabemos no entanto que esta adquire conotação diversa para um corretor de imóveis, para um urbanista e para um arquiteto.
Para mim, tanto quanto para meus pais, “casa” tem um valor fundamentalmente fenomenológico, lugar de afetos e de vivências íntimas que delimita o privado do público e nos dá condições de individualidade, sem sermos, no entanto, individualistas.
Esta segurança foi abalada alguns anos atrás, quando, por uma interpretação infeliz da justiça da primeira instância de nossa cidade, acabamos condenados a ter nossa casa posta ao escrutínio legal por não termos nos aderido voluntáriamente a uma Associação de Bairro que, contra todo o bom senso, nos cobra por serviços de segurança e manutenção de um bairro comum que a priori, são obrigações da municipalidade. Com o pleno entendimento entre as diferenças de um lote condominial e de um lote público, pergunto a quem cabe o ônus dessa insegurança jurídica que se espalha por boa parte do país e que já faz vítimas entre famílias de rendas mais baixas que vêem o trabalho de uma vida inteira à baila de uma justiça tecnicista onde se escoram administradoras impetuosas.
O direito de preservar o sentido de “casa” como fruto do esforço é tão fundamental quanto o direito de ir e vir, de se associar ou não, de votar e exercer um credo religioso. Agora, resta a nós a peremptória acusação de que enriquecemos ilícitamente por termos a nossa “casa” valorizada pelas benfeitorias implementadas compulsóriamente por administradoras condominiais, e terceirizadas pela Associação de Bairro.
Creio eu, de agora em diante, não possuirmos mais uma “casa”, e sim um ativo de risco factível de ser especulado num mercado de ações, e toda nossa história talvez não passe de um simulacro.
Se pretendemos um país melhor não deveremos esperar até 2022 para que algumas distorções jurídicas que ameaçarão os que se aposentam daqui a doze anos sejam afastados desde já. É com esse teor que clamo para que a revisão da Lei n. 6.766/1979 que regula o parcelamento do solo urbano seja analisado com a máxima prudência possível.
Eu espero um país igualitário, sem muros e cancelas que me afastem de minha “casa” e a dos outros.
Com o mais extremado respeito,
Oliver Mann
RNE-W294629-F

1o SIMPOSIO BRASILEIRO CONTRA A IMPUNIDADE DIA 24 DE ABRIL EM BRASILIA