terça-feira, 18 de junho de 2013

O QUE O POVO QUER ? "O MINISTRO SÁBIO" RESPONDE !

JUNHO DE 2013 
MILHARES DE BRASILEIROS SAEM ÀS RUAS PARA DEFENDER OS SEUS DIREITOS
18 de JUNHO  de 2013 
O que o POVO quer ? 
O MINISTRO SÁBIO RESPONDE 


Jesus no lar - Chico Xavier - Emmanuel   
Mateus discorria, solene, sobre a missão dos que dirigem a massa popular, especificando deveres dos administradores e dificuldades dos servos. A conversação avançava, pela noite a dentro, quando Jesus, notando que os aprendizes lhe esperavam a palavra amiga, narrou, sorridente: —  Um reino  existia, em cuja intimidade apareceu  um grande partido de adversários do soberano que o governava. Pouco a pouco, o espírito de rebeldia cresceu em certas famílias revoltadas e, a breves semanas, toda uma província em
desespero se ergueu  contra o monarca, entravando-­lhe as ações. 
Naturalmente preocupado, o rei convidou um hábil juiz para os encargos de primeiro ministro do  país, desejoso de apagar a discórdia; mas o juiz começou a criar quantidade enorme de leis e documentos escritos, que não chegaram a operar a mínima alteração. 
Desiludido, o imperante substituiu-­o por um doutrinador famoso.
 O tribuno, porém, conduzido à elevada posição, desfez­-se em discursos veementes e preciosos que não  modificaram a perturbação reinante. 
Continuavam os inimigos internos solapando o  prestígio nacional, quando o soberano pediu o socorro de um sacerdote que, situado  em tão nobre posto, amaldiçoou, de imediato, os elementos contrários ao rei, piorando o  problema. 
Desencantado, o monarca trouxe um médico à direção dos negócios gerais, mas tão logo se viu em palácio, partilhando as honras públicas, o  novo ministro afirmou, para conquistar o favor régio, que o partido de adversários da Coroa se constituía de doentes mentais, e fez disso propaganda tão ruinosa que a indisciplina se tornou mais audaciosa e a revolta mais desesperada. 
Pressentindo o  trono em perigo, o soberano substituiu o médico por um general célebre, que tomou  providência drástica, arregimentando forças armadas nas regiões fiéis e mobilizando­-as contra os irmãos insubmissos. 
Estabeleceu­-se a guerra civil.
E quando a morte começou  a ceifar vidas inúmeras, inclusive a do temido lidador  militar que se convertera em primeiro  ministro do reino, o imperante, de alma confrangida, convidou  um sábio a ocupar­-se do posto então vazio. 
Esse chegou  à administração, meditou  algum tempo e deu  início a novas atividades. 
Não criou  novas leis, não pronunciou discursos, não censurou os insurretos, não perdeu tempo  em zombaria e nem estimulou qualquer cultura de vingança. 
Dirigiu-­se em pessoa à região conflagrada, a fim de observar­-lhe as necessidades. Reparou, aí, a existência de inúmeras criaturas sem teto, sem trabalho e sem instrução, e erigiu casas, criou oficinas, abriu estradas e improvisou escolas, incentivando o serviço e a educação,  lutando, com valioso espírito de entendimento e fraternidade, contra a preguiça e a ignorância. 
Não transcorreu  muito tempo e todas as discórdias do reino  desapareceram, porque a ação concreta do bem eliminara toda a desconfiança, toda a dureza e indecisão dos espíritos enfermiços e inconformados. 
Mateus contemplava o Senhor, embevecidamente, deliciando­-se com as ideias de bondade salvadora que enunciara, e Jesus, respondendo-­lhe à atenção com luminoso sorriso, acrescentou para finalizar: — O ódio pode atear muito incêndio de discórdia, no mundo, mas nenhuma teoria de salvação será realmente valiosa sem o justo benefício aos espíritos que a maldade ou  a rebelião  desequilibraram. Para que o bem possa reinar entre os homens, há de ser uma realidade positiva no campo do mal, tanto quanto a luz há de
surgir, pura e viva, a fim de expulsar as trevas.

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