domingo, 13 de maio de 2012

CARTA DE MORADOR DESESPERADO : Foi-se o tempo das festas juninas, quando víamos nossos filhos e netos correndo felizes na praça, hoje não temos mais nada....




Senhores moradores,                                                                Rio de janeiro, 30 Abril  de 2012    
                                                                                                             
        Infelizmente, não posso identificar-me, por temer pela minha segurança e da minha família. Deixei de pagar por um serviço caro e sem qualidade, que ultimamente não vinha atendendo meus anseios de cidadão e morador. São R$ 300,00 por algo que não vale nem R$ 100,00. O valor é extorsivo e irreal e nele está embutido passivo trabalhista do qual não participei nem dei causa.
          Aproveito para elogiar a coragem dos dez moradores em denunciar as falcatruas que vem sendo praticadas pela associação e XXXX. Provou a existência de contrato suspeito e duvidoso, passivo trabalhista mal explicado, bens públicos usurpados com o aval da diretoria, administradora desonesta, leis violadas, apologia à milícia nas assembleias, entre outras. Penso que o manifesto serviu de alerta aos moradores que insistem em aceitar esse modelo de administração que aí está.
            A guarita no meio da praça serve apenas para vigiar as casas de três ou quatro moradores, uma espécie de segurança particular noite e dia para eles, paga por nós, a qual absorve um total de quatro seguranças, metade do efetivo. Olha só o custo disso. Enquanto a XXXX e outros pontos ficam sujos e expostos á própria sorte, mas temos que pagar. Senão nos processam. Ás favas com suas ameaças. Lembrem-se de que existe o reverso.  A AMAXX semeou o ódio e a discórdia e agora colhe os frutos. As pessoas não se falam. Que tal trocar o A de amigo pelo I de inimigo (AMXXX).
           Pois bem, senhores.  Está provado que não temos segurança, conforme mostra o contrato ardiloso e capcioso, assinado entre o presidente e o supervisor XXX e depois desfeito pela XXX e  XXX. Por que pouparam o presidente? Penso que o triste fato já é motivo suficiente de sua renúncia, pois se a sociedade exige a saída de políticos corruptos que se envolvem em falcatruas, não podemos pensar diferente no local onde moramos. Sua saída seria um ato digno e a melhor solução.
            Estou revoltado, enojado e indignado. Um amigo que mora numa das  ruas de baixo, próxima à Urussanga disse que estão tentando a todo custo juntar as duas portarias com o intuito de instalar uma milícia no local, pois até caminhão de bebidas e gás tentaram barrar tanto pela XXX como pela XXX; 
Que só não o fizeram porque existe um policial federal que mora perto da praça. 
A AMXXX diz que tem  CNPJ e que por isso é legal. Esquece que CNPJ não abona conduta de ninguém.
             Após ver homens trabalhando armados, fui ao advogado que me alertou:- Saia rápido, senão vai pagar mais passivo trabalhista e danos morais, pois as pessoas cobradas na justiça vêm ganhando em todas as instâncias e com certeza irão atrás dos seus direitos, já que os tribunais entendem que ninguém é obrigado a se associar (Constituição Federal art. 5°, XX); Que isso aqui não é nem nunca será um condomínio, e sim uma associação incompetente e mal administrada; Que é de fato uma milícia; Que o morador XXXo, da XXX, ganhou até no TJ/RJ; Que a XXX não ganhou nada, apesar de recursos caros e inúteis com o nosso dinheiro. Então? Quem irá pagar a conta dos danos morais e trabalhistas? Certamente serão os que estiverem associados até a data do início do processo, juntamente com a diretoria. Disse também que isso aqui já é caso de polícia.
            Foi-se o tempo das festas juninas, quando víamos nossos filhos e netos correndo felizes na praça, hoje não temos mais nada. Os brinquedos quebrados. Praça e campinho  abandonados. A gangorra e a cesta do basquete foram retiradas. O Sr. XXXX sumiu com os equipamentos de ginástica da praça. Os moradores estão sem lazer. E a associação o que faz? Nada, pois nunca defendeu os reais anseios da comunidade, mas sempre se omitiu em defesa de outros  interesses.
           Como para tudo existe uma solução, no nosso caso também existe uma: A dissolução da associação e todos os moradores de bem e boa fé, unidos, começarmos tudo de novo.  Só que dessa vez tudo dentro da legalidade absoluta. Respeitando-se às leis, às normas, o Código Civil e a CF/88.

3 comentários:

Moacir Maluta disse...

Caro amigo!
Voce nao está só e nao deve desanimar. Muitos sao coagidos, sentem-se envergonhados ou com medo de retaliaçao. Nao tenha medo! Mostre sua carta aos seus amigos!
O problema é nacional e tem muita gente a nosso favor.
Moacir Maluta - Bertioga - SP

MINDD DEFESA DAS VITIMAS DOS FALSOS CONDOMINIOS disse...

Somente o Senhor pode outorgar ao espírito a paz verdadeira.
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo.
Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século.
A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma.

MINDD DEFESA DAS VITIMAS DOS FALSOS CONDOMINIOS disse...

14. Pedimo-vos, porém, irmãos, corrigi os desordeiros, encorajai os tímidos, amparai os fracos e tende paciência para com todos. I Carta de São Paulo aos Tessalonissenses - 12-22