sábado, 15 de outubro de 2011

CONVITE PARA AUDIENCIA PUBLICA SOBRE FALSOS CONDOMINIOS EM MINAS GERAIS


PARTICIPEM ! EXIJAM RESPEITO 
LEMBREM-SE DAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES 
MUNICIPAIS 

AS AGRESSÕES DOS FALSOS CONDOMÍNIOS EM NOVA LIMA - MG - Prof Fernando Massote

Temos, na luta contra os   falsos condomínios ou  a privatização do espaço público, aqui em Nova Lima (MG),  “amigos”  que, como os liberais mais clássicos, (que não admitem, por visão ideológica, que haja,  na sociedade, contradição antagônica, sendo as contradições sociais, para eles, sempre conciliáveis e resolvendo-se assim, sempre, com  o bom mocismo)  vivem com suas posições oscilando,  permanentemente, entre o ambíguo e o contraditório: 
 Eles combatem a idéia de condomínio (ou o simples “condobairro”  ou “bairro fechado”) mais porque isto implica no pagamento de mensalidades – R$350,00  - que, justamente, não querem  nem devem  pagar porque esta “taxa”  é absurda, ilegal. Mas não basta, no entanto,  combater a taxa, é preciso combater  a tentativa,  desvairada,  de privatizar o bairro e  ocupar o espaço público.   Quem pode ganhar com isto são os grandes, nas posses, na propriedade, no dinheiro. Os médios perdem  mas os pequenos perdem sempre e mais que todos.  
 Os “amigos’ querem, ainda, abrir as portas do bairro – fechadas em muitas bandas ou saídas pelos privatistas -  mas não querem acabar com a cancela na entrada central. São, por isto, fracos na crítica à omissão do Prefeito,  em relação à imperativa aplicação da lei  e  a realização da abertura completa das vias públicas do bairro.  
Chamei um(a) desses amigos, certa vez, para testemunhar o barulho infernal – karaokê a qualquer hora do dia e da noite e outras manifestações igualmente barulhentas -  do dono do posto de gasolina e da Pizzaria (sem o mínimo preparo para conviver com seus vizinhos) que funcionam juntos,  aqui pertinho.   A pessoa veio, presenciou e escutou o barulho mas como ela e  seu marido são amigos do dono posto,  na hora de botar o preto no branco, se negaram a testemunhar  e assim acabar com o barulho infernal da Pizzaria.
 Estas pessoas são confusas, ambíguas, contraditórias. Os exemplos desse comportamento sempre fraco, rasteiro, dúbio, insultuoso, pelas costas, são numerosos.  Ele impede a unidade dos moradores e  mantêem,  com sua ambigüidade, o clima de intolerância, agressões e  conflitos permanentes   que os  privatistas impõem aqui.   O nosso já é, graças a  deus, um movimento nacional das e pelas vítimas dos falsos condomínios e contra a ocupação privada do espaço público. O bom mocismo dos liberais, ambíguos e contraditórios, é uma linha auxiliar, ideológica e política, da ocupação privada do espaço público. Nós denunciamos aqui este comportamento por sabermos que ele não está presente  só aqui mas em todos os bairros do país onde estamos combatendo a privatização.  
 Os coronéis locais querem, na lei ou na marra,  estabelecer o condomínio ou o “condobairro” ( sem nenhuma preocupação com os interesses da comunidade mas de olho nasalvaguarda do valor de suas propriedades) privatizando tudo e dispensando os serviços da prefeitura e da PMMG. Por isto impõem um segundo imposto, que são os R$350,00  ilegais, de “taxa”. Boa parte dos nossos  “amigos”, parecem ser mais contra esta  “taxa” ilegal que contra o condomínio! Eles, os nossos “amigos”, não querem, também, a luta política para acabar com as imposições e desordens  porque querem manter as relações de paz e amor com os coronéis locais.
 A  imposição, obviamente ilegal da taxa  “condominial”, assim como a sua cobrança judicial  agridem  o direito de propriedade.  Como se vê, nem o “sacrosanto” direito de propriedade os burgueses  condominiomaníacos respeitam!
Ainda bem que por causa da luta contra a privatização que cresce em Nova Lima e no Brasil,  a justiça (também em Nova Lima) está passando para o nosso lado.  Se não fosse assim os proprietários que vivem aqui perderiam suas propriedades. 
Com o apoio dos companheiros e amigos acabei ficando à frente do movimento antiprivatista.  Os mafiosos e nossos  “amigos” não gostaram. Sabendo como sabem, sempre, quem são seus maiores inimigos, organizaram, então, uma milícia local para me agredir.  
Tudo começou no dia em que organizamos uma manifestação na entrada do Bairro Ouro Velho contra as cobranças judiciais impostas pelo falso condomínio. Com faixas e reunindo alguns dos nossos associados, distribuímos aos passantes um boletim explicando a nossa posição. Ao ver passar o ônibus que transita no bairro, que é uma concessão pública, transportando os trabalhadores locais - um dos empecilhos para a implantação do Condomínio - pedi ao motorista para subir e falar, por alguns instantes, aos passageiros. O motorista aceitou gentilmente o pedido e me concedeu o espaço para a fala que, afinal, foi aplaudida.  
A minha presença e atuação no contexto daquela manifestação não passaram despercebidas. A funcionária que estava na Portaria do “Condomínio”,  com as antenas sempre viradas para os interesses e humores dos seus patrões, da Associação privatizante  e uma figura masculina que lhe fazia companhia, não me perderam de vista.  Eles passaram, daquele dia em diante, a hostilizar-me permanentemente, com insultos, palavrões e cancela fechada para a passagem do meu carro.  
Só descobri mais tarde que o homem que acompanhava a “porteira” era o mesmo que, desde então, quando da minha entrada no bairro,  passou  a gritar palavrões para me ofender à distância, inicialmente escondido, da janelinha do banheiro da sua loja e depois abertamente, da porta  da sua casa de tintas, na área externa do bairro. Decerto, consideraram muita “ousadia” de meus companheiros e minha, tornarmos pública aquela situação ilegal e imoral que, no entendimento deles, deveria ficar restrita ao bairro. Este foi o ponto de partida para a formação da milícia e das agressões contra mim e meus companheiros da Associação dos Moradores. 
Leiam, portanto, para o conhecimento dessas agressões, o artigo do colega José de Souza Castro, “SOS PARA O PROFESSOR MASSOTE”, publicado neste BLOG.




Um comentário:

MINDD DEFESA DAS VITIMAS DOS FALSOS CONDOMINIOS disse...

Prof. Fernando Massote,
A mobilização relacionada aos falsos condomínios precisa ser ampliada a nivel nacional.
Surgimento de falsos condomínios movidos por interesses de alguns em detrimento da coletividade e da história das comunidades locais, deve ser reorientado e requalificado, conforme as políticas públicas contemporâneas.
Especialemente em cidades com história secular de trabalho produtivo, humanizado uso e coupação do solo , como Nova Lima, transformam antigas áreas rurais agora urbanas, em limitados feudos, que degradam o desenvolvimento da sociedade local, a qualidade de vida, a segurança pública e privada conforme artº 144 CFBr. “… Segurança pública, dever do estado, direito e responsablidade de todos…”
Lincoln Pereira Nascimento